quarta-feira, 9 de julho de 2008

O professor de matemática atuando no ciberespaço, a forma dialética de ensinar e aprender na cibercultura.

No sistema educacional, a Matemática ocupa um lugar de destaque. “Ler, escrever e contar” forma a espinha dorsal de um sistema educacional que tem como fim oferecer oportunidades iguais para todos e, ao mesmo tempo, preparar o cidadão para intervir solidariamente na sociedade, de modo crítico e responsável. Nos atos do cotidiano e nas construções humanas, todos sofremos a influência da Matemática, pois cada um tem uma ferramenta a empregar, uma máquina a utilizar, um aparelho a pôr em funcionamento, sem falar dos arquitetos, engenheiros, agrimensores e outros para os quais o uso profissional da Matemática tem um caráter permanente. Quando se ouve falar que a Matemática pode ser um fator de contribuição para a formação de um cidadão pleno, não se faz referência a instrumentalização do homem somente para o trabalho, mas espera-se que a Matemática desenvolva a criatividade, a curiosidade e o pensamento lógico e crítico desse homem. As responsabilidades dos educadores vão além de reproduzir o passado e os modelos atuais. Deve haver a preocupação em construir um futuro que será diferente, mas melhor que o presente.
A Matemática vem se desenvolvendo ao longo da evolução humana e o professor precisa trabalhar este conhecimento, fornecendo subsídios aos alunos para enfrentarem os desafios da contemporaneidade. Hoje, é necessário que o professor complemente sua prática, tanto quanto aos conteúdos quanto à atualização de suas metodologias. O uso do computador, como ferramenta de auxílio, proporciona um novo ambiente de aprendizagem aos alunos, uma atmosfera própria para a construção do conhecimento e para o dialogo aberto com a comunidade ciberespacial.
O computador atualmente se fundamenta como instrumento indispensável a todos os setores da sociedade, proporcionando aos usuários ousadias nunca antes experimentadas. Neste novo ambiente educadores e educandos descobrem o mundo de maneira espontânea, sem as imposições da pedagogia tradicional. Os recursos computacionais contribuem para a construção de alunos críticos, investigadores e criativos, capazes de atribuir um leque de aplicações às programações desenvolvidas.
As tecnologias da informação e comunicação criam novas chances de reformular as relações entre alunos e professores e de rever a relação da escola com o meio social, ao diversificar os espaços de construção do conhecimento, ao revolucionar processos e metodologias de aprendizagem, permitindo à escola a um novo diálogo com os indivíduos e com o mundo.
Neste contexto, é fundamental colocar o conhecimento à disposição de um número cada vez maior de pessoas e para isso é preciso dispor de ambientes de aprendizagem em que as novas tecnologias sejam ferramentas instigadoras, capazes de colaborar para uma reflexão crítica, para o desenvolvimento da pesquisa, sendo facilitadoras da aprendizagem de forma permanente e autônoma.
Educar neste contexto será, portanto, desenvolver processos abrangentes, segundo critérios como consistência, previsibilidade, motivação, envolvimento, performance, capacidade de articular conhecimentos, de comunicar-se e estabelecer relações. Isso ajudará a preparar o cidadão da era do ciberespaço: como a matéria-prima da produção será a informação, e os conteúdos da formação inicial se tornarão rapidamente obsoletos, ele deverá ser um profissional capaz de aprender sempre; um ser consciente e crítico, que dialogue com as diferentes culturas e os diversos saberes, que saiba trabalhar de forma cooperativa e que seja flexível, empreendedor e criativo para administrar sua carreira e sua vida pessoal, social e política.

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